sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

O QUE POUCOS DIZEM... (II) A EDUCAÇÃO, O CONHECIMENTO – O ATO DE AMOR DE ESTUDAR...


// Eis aí um tema complexo, que não se esgota nessa reflexão preliminar. //

O Ato de Amor de Estudar deveria ser, ao meu ver, acima de tudo, uma capacidade / virtude / habilidade a ser estimulada e oferecida Universalmente para cooperação e estímulo entre os seus adeptos, no sentido de crescimento mútuo aos potenciais subjetivos de cada Ser em prol da Condição Humana.

Porém, devido às distorções do movimento de uma Sociedade que geralmente privilegia a hipocrisia, esse sentido é desvirtuado por toda uma racionalização predominante de “competição e luta”, em prol de um falso status de poder sobre o semelhante.  


Dessa forma, com exceções, predomina a moeda de troca para quem pode pagar mais por ela, ao invés da oferta à democratização do conhecimento e do acesso ao seu conteúdo para todos em níveis aceitáveis.


Sob essa mediocridade vigente, quanto maior o predomínio da “politicagem” sobre a Política, mais estabelecem-se conceitos desvirtuados por associações equivocadas no seio da Sociedade, de como seria a essência desse Ato de Amor.


Portanto, do modo como instaurou-se essa distorção, esse passivo é irrecuperável em escala de Universalidade neste Plano.  

Claudio Pierre


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Meu comentário

Alguns exemplos dessas distorções e associações equivocadas no País onde vivo:

. A pirâmide invertida – prioridade ao ensino superior em detrimento a formação básica de qualidade para todos.

. O estímulo ao crescimento de “Empresas de educação”, que ao invés da difusão da excelência do ensino, vendem diplomas “a preço de mercado” para alunos que na medida de suas posses colecionam títulos de graduação, sem exigência e controle sobre a aquisição efetiva de conhecimento na sua respetiva área escolhida.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

FLASH 58 (em 3 tempos)


I – Os mecanismos

Vivi o bastante para compreender um pouco sobre os mecanismos que distorcem o nível desejável das relações humanas, em função de um conjunto de “regras” e “etiquetas” provenientes unicamente das “racionalizações mentais” de nossa espécie, focadas na projeção equivocada de que a trajetória da vida se resuma em uma  autêntica batalha: 
- A luta para sempre “ganhar”; e nunca “perder” - apartada da necessária conexão com a conscientização da Unidade da Mente com O Ser e o Sentir.


Parece ser uma tendência que as “supostas autoridades”, com o apoio da “Sociedade”, ao invés de concentrarem primordialmente esforços no sentido de estímulo ao desenvolvimento de um autoconhecimento básico do Ser, acerca do compromisso que deveríamos ter com a própria existência; criem e estruturem “leis” e “mandamentos” de forma compulsiva e indiscriminada sem uma necessária revisão; aperfeiçoamento: e correção das leis já elaboradas anteriormente.

Sob essa condição o que se verifica é:

- Um Universo de Leis sem pé nem cabeça, desconectadas entre si – atropelando-se mutuamente...

Além disso,

O problema é que tais idealizadores, geralmente são os 1os. a descumprirem os fundamentos que elaboram...

O problema é que “politiqueiros” entram em cena, travestidos de “supostos defensores do povo” e “guardiões” dessas leis - unicamente para obterem vantagens pessoais e corporativas ao seu respectivo segmento ideológico.

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II – O Abecedário Artificial

Decididamente o abecedário das classes sociais e o sistema de castas – só reproduzem o que ocorre na Natureza, mesmo sob as Leis da Selva, com muito “boa vontade” de uma mente predisposta a defender sua “racionalização artificial”.

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III – Visões distorcidas de luxo, conforto e riqueza

Ainda ocorrem as visões distorcidas das massas sobre o que seriam exemplos de conforto, luxo e riqueza, como:

Um Iate para quem mora na serra...;

Um Avião particular para passeio exclusivo e particular a cada semestre...

4 carros de luxo na garagem de uma suntuosa mansão...

Sob o meu Ponto Alienígena, esses sinais de conforto, luxo e riqueza, são muitas vezes a expressão característica:

- Do lixo, no conceito "luxo" de um Sistema.


Pois a ostentação e a ganância que gera luta de classes, cobiça e inveja em busca de um lugar neste sol artificial...

É um sintoma de que deixamos de lado a valorização de elementos essenciais para preservação de nossa própria Humanidade.   

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Deixo abaixo como destaque para essa reflexão, trecho contido no Livro “O Profeta”; do Grande Escritor e Místico Gibran Khalil Gibran
(só tomei a liberdade de grifar palavras / sentidos que julguei relevantes ao contexto)

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“E dizei-me, povo de Orphalese, que possuís, vós nessas habitações? E que objetos guardais atrás dessas portas trancadas?
Acaso possuís a paz, esse impulso tranquilo que revela vossa potência?
Possuís as recordações, essas abóbadas cintilantes que amarram os cumes do espírito?
Possuís a beleza que conduz o coração dos objetos confeccionados com madeira e pedra para a montanha sagrada?

Dizei-me, possuís tudo isso em vossas casas?

Ou tendes somente o conforto, e a cobiça do confortoesse desejo furtivo que entra em casa como visita, e depois torna-se hóspede, e depois dono?
Sim, e torna-se também domador e, com força do açoite, reduz a títeres vossos desejos mais amplos.

Embora suas mãos sejam de seda, seu coração é de ferro.

Ele embala-vos até dormires, só para roubar vosso leito e zombar da dignidade de vosso corpo.
Zomba também de vossos sentidos normais e deita-os na penugem macia como um vaso frágil.

Na verdade, vossa paixão pelo conforto assassina as paixões mais nobres de vossa alma e, depois, zombeteira, marcha no seu enterro.”
                                                 
                                            Gibran Khalil Gibran