terça-feira, 17 de julho de 2018

"O GIGANTE ACORDOU"! SERÁ?


No Brasil,

Com a permissividade da Sociedade “A gente vai levando”, os ditos “partidos políticos” sequestraram o conceito ideológico de Política, substituindo-o pela politicagem.

Por meio dessa prática tão característica desse modelo falido de representatividade vigente, ao longo do tempo, foram assegurando pelas leis que promulgam, a continuidade e manutenção de seus privilégios corporativos.

Uma exemplificação exemplar dessa distorção se verifica pela ausência de interferência dos tidos “supostos representantes” no sentido de elaboração de uma Reforma Política de fato, que modifique a arcaica estrutura que se mantém inalterada a cada novo pleito eleitoral...

Assim, no período eleitoral, milhares de candidatos aos cargos legislativos nas esferas: municipal, estadual e federal; somando-se a algumas centenas de candidaturas ao Senado Federal, disputam o voto do eleitor; dispondo em média de pouco mais de 1 minuto em propaganda radiofônica e televisiva para convencerem seu eventual eleitorado valendo-se de uma única palavra ou frase.  

Enquanto isso, na mesma medida, mas com um tempo incompreensivelmente maior para exposição de suas ideias do que os demais cargos, igualmente relevantes; os pretendentes ao Executivo: Prefeituras, Estados e Governo Federal, são orientados/direcionados de maneira geral, em suas atitudes, falas e perfis, por marqueteiros, que valendo-se de princípios de dissimulação e abusivas estratégias de propaganda enganosa visam conquistar o voto para o seu cliente – uma tática não necessariamente comprometida com a verdade.


O que se vê, é que passada cada Eleição, essa mesma Sociedade a qual me referi, fica se digladiando em função dos previsíveis eventuais fracassos dos respectivos personagens escolhidos; como se a raiz do problema residisse nesse ponto; e não em um modelo altamente questionável ao exercício pleno do direito do eleitor escolher / selecionar o melhor entre os candidatos, baseado na autenticidade da informação e da meritocracia dos pretendentes; e não limitando-se a escolher o “menos pior”, como ocorre há algum tempo.


Os partidos políticos não são sinônimo de Política.

O Povo Politizado Sim.


           Claudio Pierre