Face aos seus apelos de competição extremada na Selva de Pedra Humana, enquanto obcecados pela hipnose de um conforto exterior em detrimento da Paz Interior, a Energia Vital vai sendo “negociada” pela “sociedade das pessoas” e pela “propaganda da hora”...
Ambas projetam e estimulam a competição desmensurada com os semelhantes, face ao estímulo à ambição pela obtenção do “tesouro falso”, que conduz desproporcionalmente: ao desperdício; a arrogância; a usura ...
É fundamentalmente sob o efeito dessa hipnose, que de modo substancial, o Ser Humano (a Massa...), desvia da sua Rota Essencial.
Sob essa “ficção mental”, a ilusão do
peso das horas, geralmente faz com que desperdicemos a Energia Criativa durante
a maior parte da Juventude / Maturidade...
Eis que justamente após a passagem de
tais etapas, pelo advento da experiência, ocorre uma das fases mais adequadas
para o relativo reencontro e reversão dos nossos sonhos desfeitos pela batida
frenética de uma “sociedade veloz”.
No entanto; como se não bastasse a considerável perda de Energia
(ilusão do peso das horas), ao longo das fases anteriores, eis que a tal
“propaganda” “ressurge novamente”, “associando/sugerindo” como “Realidade
Absoluta” a fase da Juventude; e relegando ao “ancião”: uma bengala; uma TV...
Quiçá...
O ilusório “status de Poder” aos olhos do semelhante (a Massa) –
Via ostentação - pela aquisição de um patrimônio material adquirido, desproporcional
a necessidade da sua Condição Humana - que não poderá ser levado consigo para
um outro Plano;
ou
A frustração – pelos sonhos desfeitos, “negociados” ao longo da
Jornada com a “suposta”=> Única realidade social “programada” pela hipnose
da “Sociedade Veloz”, onde a “propaganda”= o dinheiro compra TUDO - é a “alma” “do
negócio”....
Claudio Pierre
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Meu comentário:
Os ponteiros que conduzem
a Sociedade Aflita, descartam rapidamente a sutileza do Encanto Presente em
cada cotidiano, pois a sugestão não é Sorver o Momento de Magia, integrando-o
ao Ser; mas sim, disputar avidamente um espaço na multidão para enxergar o que
determina o letreiro luminoso da propaganda, que vende a cada segundo o efêmero sucesso.
Nessa linha, a diretriz seguida é:
ð O
que passou, passou...
A
onda é seguir os holofotes “da moda”.
De
um modo geral, tal diretriz é perseguida: tanto por quem ligado necessariamente
a atividade Artística, como pelo Cidadão que não está...
Certamente SOMOS TOLOS,
porém, dessa tolice eu não padeço...
Busco
guardar na “Flor da Memória” as Emoções que UNEM...
ð A frondosa Árvore outrora
foi semente...
Considero que:
=> Ignorar O Processo apenas
limitando-se ao enfoque do flash momentâneo é uma visão ignorante que deve ser
evitada.
A propósito, Flor da
Memória, é o título de uma Peça Teatral que assisti com a participação de duas
talentosas atrizes, assim como a grande maioria, “não globais”, e que nem por
isso deixam de contribuir decisivamente como Instrumentos da Arte.
Da mesma forma, tenho por
princípio reverenciar, sem alardes, a Legião de Artistas que não tem a projeção
e o reconhecimento devido da Sociedade, pelo fato de não ocuparem o tão
reduzido e alardeado grupo das “celebridades da hora”.
É bem verdade que boa
parte deles é um pouco refém desse “trauma ilusório” de considerar-se “menos
artista” do que “outros”, em função do baixíssimo público.
Face
a isso, entram naquela paranoia de conquistar muitos seguidores e curtidas;
pois são esses exatamente os “padrões de sucesso” aceitos como referenciais da
hora.
Mesmo sabendo da
importância de cultuarmos valores que realmente enobrecem a Alma e estruturam a
Virtude e o Caminho...
Por anos a fio recebemos massivamente
uma sugestão oposta, caracterizada pela fórmula:
- Os Fuxicos prevalecem sobre a Essência.
Sob
esse aspecto, o incentivo a luxúria funciona com uma válvula de escape da
ganância e ostentação desmedidas – características de uma Sociedade que cultua
e incentiva à artificialidade.
É assim que as massas se
veem subliminarmente seduzidas pela “rotina social agitada” - e alheia - das
tais “celebridades da hora”- iates, festas, carrões, etc.; que nas “rodas de
fofoca” ganham um tom de familiaridade e intimidade absolutamente irreal com
nossas vidas.
De certa forma, sob esse
estímulo, em grande parte, a meu ver, ostentamos / incentivamos
desnecessariamente nas redes sociais a propagação dessa Ilusão.
Claudio Pierre