sábado, 8 de junho de 2019

PONTO ALIENÍGENA REFLEXÃO – OS ENTRAVES PARA A CULTURA – VIDAS SECAS BRASIL


Em uma Sociedade cada vez mais voltada para o “padrão midiático”, que molda valores e conceitos de fora para dentro – muitas vezes, sob esse clima, favorecendo e estimulando a “fórmula de sucesso” do entretenimento barato – ocorrem os entraves para a Cultura, em função das dificuldades para divulgação e comercialização de uma Obra no Brasil, sobretudo Autoral e Artística.

Nesse sentido, destacaria dois pontos que me parecem relevantes: (*)

ð (Mesmo considerando as exceções...) - Pouca valorização da Sociedade, de modo geral, para com a Cultura – Que Une;

e,

ð Parte da população que efetivamente até reconhece os benefícios que a Arte concede; porém, devido ao baixo nível econômico de um País que sempre foi desigual em sua distribuição de renda; essa parcela não tem a plena interação desejável nesse contexto.

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OBS.: Para variar parte da culpa é da nossa “politiqueira” “constituição cidadã”...

Se ao menos os nossos “supostos representantes”, ao invés de assegurarem para si vantagens e privilégios injustificáveis, “lutassem de fato” pelo que determina o

  “CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;”

... a situação estaria melhor.// Vidas Secas Brasil.
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Contextualizando a Reflexão acima, relato o meu Depoimento abaixo:

Logo no início de minha tentativa de divulgação de meu trabalho Artístico, vivi uma fase de “vendedor”...

Fique claro que esta não é uma censura a profissão.

O que quero dizer com isso é que nesse período, quando saía de casa, o meu propósito obsessivo era vender o meu material artístico onde quer que eu estivesse.

Sendo assim, fazia uma relação de possíveis compradores e ia a campo para vender...

E a cada Sarau que participava, ou atividade semelhante, levava comigo, uma quantidade do meu livro de Poemas, e meus dois Cd’s independentes com essa finalidade...

Lá chegando, invariavelmente deparava com outros Artistas igualmente munidos de seus respectivos materiais.

Em função dos pontos relevantes (*) que mencionei acima, pouco se “vendia” de parte a parte...

Essa fase que foi um aprendizado, revelou-me o seguinte ensinamento e direção:

- Vou continuar sendo Artista e Místico; mesmo que para isso, tenha de abdicar de me envolver na “luta” por um “sucesso artificial”, sob um modelo que parece-me insano – Uma Sociedade que acelera, sem Alma.  


Claudio Pierre